
Na TV em 1966, os seriados filmados tinham como objetivo de marketing divertir as famílias e os pré-adolescentes, fazendo com que os estúdios americanos produzissem mais e mais comédias. Era um bom momento para ressucitar o homem-morcego dos gibis. O produtor William Dozier não queria, entretanto, rechear as telinhas com um herói amargurado. A solução foi transformar Batman em comédia, colocando um liquidificador à linguagem das histórias em quadrinhos, os clichês dos antigos cine-seriados da década de 40, e a estética psicodélica daqueles tempos. Tudo com muito exagero é claro! Da linguagem dos antigos seriados aproveitou-se a fórmula " será que ele irá escapar? ". A história era sempre dividida em dois episódios, que eram exibidos semanalmente nos Estados Unidos e, dependendo da emissora, diariamente no Brasil.
Sempre no final do primeiro episódio, Batman e Robin eram envolvidos em alguma terrível armadilha de algum de seus arqui-vilões, de forma aparentemente fatal. Enquanto eles tentavam escapar, os letreiros (e, no Brasil, o narrador) alardeavam com espanto: " Será que desta vez chegou mesmo o fim de nossos heróis? E o Coringa, conseguirá dominar o mundo? Não percam, na próxima semana, mais um bat-episódio nesta mesma bat-hora, neste mesmo bat-canal ". Marcar um encontro para a mesma bat-hora no mesmo bat-canal transformou-se em praticamente uma gíria dos adolescentes da época.
Obviamente, o início do segundo episódio (que encerrava a história) mostrava sempre um interessante truque do homem-morcego que desmontava o ardil do vilão. A tônica de todo este processo era o exagero: os vilões, mesmo que tivessem Batman e Robin sob seu domínio, jamais se deixavam seduzir por alguma maneira fácil de matá-los. Um tiro? Uma facada? Nunca! Terríveis e doentios, os arqui-inimigos de Batman gabavam-se em armar as mais incríveis e improváveis geringonças que pudessem matar seus rivais de forma lenta e dolorosa. Esticar, esfolar, amarrar, cortar, sufocar, dependurar, ferver, deformar, tudo isso era válido.
Era engraçado notar ainda como o vilão nunca gostava de ficar por perto, para ver Batman " morrer ". Ele sempre se retirava do local do crime, deixava a geringonça funcionando, e acabava abrindo espaço para que a dupla dinâmica pudesse sacar de algum brinquedinho do cinto de utilidades que pudesse soltá-los. Havia também as pistas, é claro. Os vilões não se contentavam apenas em praticar seus crimes. Eles queriam que Batman soubesse de tudo, para que a contravenção fosse ainda mais gostosa de ser feita. Todos eles enviavam pistas ao Comissário Gordon e ao Chefe O'Hara, que se encarregavam rapidamente de passá-las a Batman. Era hilário: o criminoso sempre avisava a polícia do que ele pretendia fazer, só para dar mais ânimo à competição. Como o covil de Batman (a chamada bat-caverna) era de localização extremamente secreta, a polícia mantinha com Batman uma linha exclusiva denominada telefone vermelho, numa sátira escrachada ao telefone vermelho que teoricamente ligava Moscou a Washington, naqueles difíceis anos de guerra fria. Para dar mais solenidade a esta linha exclusiva, tanto Batman como o Comissário Gordon mantinham seus aparelhos telefônicos sob uma desconfortável redoma de vidro, mais parecida com um porta queijos.
O bat-sinal, um enorme holofote que projetava o sinal do morcego nos céus de Gotham City com a finalidade de escalar Batman para alguma missão, aparecia poucas vezes no seriado. O instrumento era original dos gibis, mas na tecnológica década de 60 o telefone era bem mais prático. O espectador, porém, sabia que a bat-caverna se localizava nos porões da mansão de Bruce Wayne, a outra identidade do homem-morcego. O que ninguém sabia (provavelmente) era como Bruce wayne e seu pupilo Dick Grayson conseguiam entrar pela passagem secreta localizada na biblioteca da mansão, escorregar por um cano igual aqueles usados pelos bombeiros norte-americanos em caso de emergência, e sair na bat-caverna já vestidos de Batman e Robin. Haveria um bat-trocador de roupas instantâneo localizado no meio do caminho?
Das histórias em quadrinhos, o seriado aproveitou os ruídos onomatopéicos de socos, pancadas e chutes. Cada briga entre a dupla dinâmica e os vilões era recheada por letreiros e splash iguais ao gibis, que pontuavam a ação. Pow, crash, uufff, boing, zap e outros sons eram literalmente escritos na tela da tv, que por rápidos segundos se transformava num quadrinho de revista.
Informações
Título: Batman (Batman)
Formato: AVI
Qualidade: TV-Rip
Codec: Xvid
Video: 352 x 240, 29 fps
Audio: 48000 Hz, 128 kbps, Joint Stereo
Duração Média: 24 min
Tamanho Médio: 180 MB
Total de Episódios: 120
Episódios Disponíveis: 34
Idioma do Áudio: Português
1ª Temporada - 1966 - (AVI Dublado):
001. Hi Diddle Riddle - MediaFire
002. Smack in the Middle - MediaFire
003. Fine Feathered Finks - MediaFire
004. The Penguin's a Jinx - MediaFire
005. The Joker Is Wild - MediaFire
006. Batman Is Riled - MediaFire
007. Instant Freeze - MediaFire
008. Rats Like Cheese - MediaFire
009. Zelda the Great - MediaFire
010. A Death Worse Than Fate - MediaFire
011. A Riddle a Day Keeps the Riddler Away - MediaFire
012. When the Rat's Away the Mice Will Play - MediaFire
013. The Thirteenth Hat - MediaFire
014. Batman Stands Pat - MediaFire
015. The Joker Goes to School - MediaFire
016. He Meets His Match, the Grisly Ghoul - MediaFire
017. True or False-Face - MediaFire
018. Holy Rat Race - MediaFire
019. The Purr-Fect Crime - MediaFire
020. Better Luck Next Time - MediaFire
021. The Penguin Goes Straight - MediaFire
022. Not Yet, He Ain't - MediaFire
023. The Ring of Wax - MediaFire
024. Give 'em the Axe - MediaFire
025. The Joker Trumps an Ace - MediaFire
026. Batman Sets the Pace - MediaFire
027. The Curse of Tut - MediaFire
028. The Pharaoh's in a Rut - MediaFire
029. The Bookworm Turns - MediaFire
030. While Gotham City Burns - MediaFire
031. Death in Slow Motion - MediaFire
032. The Riddler's False Notion - MediaFire
033. Fine Finny Fiends - MediaFire
034. Batman Makes the Scenes- MediaFire
Filme Especial: Batman - The Movie - Megaupload 01,02
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